quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Efemérides: meus desejos e intenções


Não é porque este blog é sobre assuntos arquitetônicos que eu vou deixar de escrever sobre minhas particularidades, afinal, arquitetura faz parte das minhas escolhas, esse espaço me é livre e estou buscando, sempre que possível, atualizar meus interesses e conhecimento.
Hoje é meu aniversário.

Em épocas comemorativas eu sempre fico contemplativa, pensativa, analítica... Esses pensamentos humanos, evolutivos e eu diria até mesmo, funestos. Mas sempre produtivos!!
Não bastando ser meu aniversário, minha idade está começando a se tornar um número desnecessário para qualquer apresentação, porém de importância transformadora.
Ganhei um livro! Não vou dizer de quem... só vou dizer que é de alguém com quem possuo uma enorme afinidade e que sabe muito bem presentar com livros e além disso soube ensinar seus descendentes o mesmo preceito.
Uma questão muito peculiar deste livro é que a escritora, após inúmeras atividades ao longo da vida, começou a escrever aos 43 anos. Começou com livros infantis, chegando aos romances e recebendo prêmios e menções. Isto me comoveu.
Considerando que na minha vida tudo parece acontecer tardiamente...
Encontrar o verdadeiro amor, ser mãe, retomar os estudos, amadurecer emocionalmente e se perceber profissionalmente. Enfim, muitas coisas ainda podem acontecer!
Por isso tudo, ontem, eu fiz uma lista.
As vezes é bom fazermos lista. Nos ajuda a compreender o ensejo e organizar as ideias.
Fiz uma lista de desejos e intenções para o novo ano. O bom de se aniversariar no final do ano é que as expectativas e esperanças se duplicam. São dois motivos para se renovar!! Olha que força!
Bom, minha lista até que não está pequena e não estão ali desejos tipo: "prometo emagrecer, ou deixar de comer pães... prometo só fazer o gosto, ou me encontrar com as amigas toda semana... ou ainda, prometo ganhar muito dinheiro!...." Não, não são essas aspirações que norteiam minha lista.
Primeiro que, após um certo tempo de vida, sabemos que promessas existem para não serem cumpridas. Se precismos realmente executar alguma coisa, simplesmente o fazemos, sem almejar ou exaltar qualquer sofrimento. É sempre melhor não prometer, ou faça, ou não comente a intenção em fazê-lo.
Segundo, com o passar do tempo, a lista se torna mais real. Sim, intentamos causas que são possíveis de ser formalizadas. Acho que é por isso que as pessoas se tornam felizes, ou melhor, encontram-se em estado de felicidade, afinal os sonhos já não são tão irreais. Que as angústias fazem parte do cotidiano e damos graças por elas existirem.
E minha lista está assim, com desejos e intenções plausíveis, ou não... mas isso não importa.
Desejo poder cozinhar alguma receita saborosa, com dedicação e temperos inusitados, podendo degustá-la com pessoas queridas; decorar a casa com carinho; conhecer lugares inéditos aos meus olhos, brincar de casinha com minha filhinha; costurar lençóis e almofadas em minha máquina de costura, que ganhei de minha avó quando fiz 18 anos; estudar e buscar novos conhecimentos de meu real interesse ou até mesmo fúteis, por que não?; ler, ler e ler; cuidar da saúde e isso inclui fazer sexo e despertar a libido; poder criar mais, trabalhar e arquitetar; brindar por qualquer motivo com os amigos e familiares e me socializar mais; e sem maiores pretensões, escrever, escrever e escrever, de tudo um pouco, poder expressar ideias e pensamentos.
E quem sabe um dia tudo isso se transforme em algo interessante e até inteligente e venha a se unir num livro, ou então que a minha vida continue sendo meu próprio livro com brancas páginas sendo escritas por meu próprio punho por todos os meus dias.

Parabéns Annie, atormente-se!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

CAU - Eleições 2011

Unidos pelo CAU dos Arquitetos, Ético, Social e Independente, acontece neste momento a primeira eleição para o Conselho Estadual e o Conselho Nacional de Arquitetura e Urbanismo. Como profissional não poderia deixar de manifestar meu interesse e expressar meu apoio à Chapa 2 que é composta por todas as entidades nacionais de arquitetos, traduzindo nossos anseios profissionais através deste Conselho próprio.

Veja maiores informações sobre a Chapa 2 no site http://www.cauchapa2sp.com.br
Esta eleição ocorrerá no dia 26/10 e pode-se obter maiores informações no site: http://www.cau.org.br/

domingo, 31 de julho de 2011

Transformação da sociedade, o ato de projetar e os valores da nossa memória

Foram essas expressões que me marcaram no IV Congresso Estadual de Arquitetos promovido pelo IAB neste fim de semana (30 de julho / 2011) em Jundiaí - SP, onde foram discutidas questões sobre "Espaço Sustentável", "Sociedade" e "Patrimônio".

O evento foi de ótima qualidade, com profissionais de excelente formação e vasta experiência que nos transmitiram de maneira clara e objetiva as questões mais importantes a serem discutidas na atualidade e procedidas o quanto antes. Veio muito a acrescentar à nossa profissão e a percepção de que vivemos em uma nova sociedade, com novos valores e conhecimentos.

Estamos no século 21, sim! E precisamos adquirir outros vínculos e conceitos, sejam para as grandes metrópoles com seus espaços públicos e suas habitações sofisticadas e as tantas imprescindíveis e necessárias habitações de interesse social, quanto aos pequenos e regionais municípios a fim de alcançarem um desenvolvimento planejado minimizando o impacto ambiental. É necessário que essa nova geração encontre novos valores e interesses, tanto históricos quanto culturais, para que futuramente conquistem um elo de memória com o patrimônio da cidade para que este não se perca no tempo e se transforme no espaço.
Muito foi dito, mas muito mais é preciso ser falado e principalmente agido e, apesar da boa qualificação desse congresso, a presença do público arquiteto para assisti-lo foi escassa... Infelizmente.

A Arquitetura é uma profissão nobre e, por isso, para fazer valer, requer um ofício digno.
Deixemo-nos compreender para o que de fato estamos servindo. É para atender à demanda de um mercado de consumo sem fim, no qual nos espelhamos de maneira glamourosa através de mostras de decoração com ambientes sofisticados e tecnológicos, que dizemos atender aos desejos da atualidade ou, se buscamos acolher a verdadeira demanda de uma sociedade que necessita de soluções através da elaboração de bons projetos, os quais, hoje, são chamados de "sustentáveis", com a finalidade de resolver os graves problemas sociais e que na realidade envolve toda a população de todas as cidades?

Por isso, arquitetos, cadê vocês??
Como estamos vendo e atuando a arquitetura hoje em dia? 
Cabe a nós percebermos quais as reais necessidades das cidades e seus espaços. 
Senão, vai sobrar pra quem?

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sexta-feira, 29 de abril de 2011

NBR 15575

Tomei conhecimento dessa nova Norma Técnica, destinada a edificações residenciais de até 5 pavimentos e ambientes corporativos, trata-se de requisitos mínimos de desempenho para diversos sistemas dos edifícios, trazendo um enfoque para a atividade de construção e as necessidades do usuário em quesitos como segurança, conforto, funcionalidade e durabilidade.

Eu li esta reportagem e achei interessante compartilhar com vocês. Afinal,em breve, será aplicada em sua residência ou em sua empresa.

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16/Dezembro/2010

Você sabe o que a NBR 15575 muda na vida do arquiteto?


ARQ!BACANA entrevista o arq Henrique Cambiaghi para saber a resposta

A Norma Técnica de Desempenho NBR 15.575 foi aprovada no dia 12 de maio de 2008, entrou em vigor, no período de testes, em 12 de maio de 2010, e deveria ter começado a vigorar oficialmente em 12 de novembro de 2010 - depois de um período de seis meses para adaptação de todos os projetos protocolados. Mas, a partir de um pedido de prorrogação deste prazo feito pelo presidente da AsBEA, Ronaldo Rezende, decidiu-se adiar o prazo de vigência da norma para março de 2012.
O motivo de tanto "empurra-empurra" para que esta norma comece a vigorar, é a polêmica que ela vem causando no setor da construção civil. O objetivo da norma é regulamentar, nas edificações de até cinco pavimentos, questões como acústica arquitetônica, conforto térmico e desempenho hidráulico, por meio da especificação e aplicação de critérios mínimos para materiais e técnicas - desde pisos, paredes e esquadrias, até o fluxo de líquidos em tubulações, vibrações de máquinas e motores, entre outros -, a fim de melhor atender às exigências dos usuários de edifícios habitacionais. Além disso, a NBR 15.575 inclui um mecanismo de rastreabilidade para a construção, que permite, em casos de falhas de materiais ou estruturas, indicar e determinar responsabilidades.
Por isso tanta polêmica: e agora, com quem ficam as responsabilidades? O que muda para o arquiteto? Para entender isso tudo o ARQ!BACANA entrevistou o arq Henrique Cambiaghi, membro do Conselho Deliberativo da AsBEA, dos comitês de Legislação Urbana e de Tecnologia da AsBEA e do SECOVI. Confira!

ARQ!BACANA: O que estabelece a NBR 15.575?
Henrique Cambiaghi: A NBR 15.575 estabelece os critérios para desempenho das edificações. Embora tenha sido definida para edifícios residências de até cinco pavimentos, muitos dos seus parâmetros servem para qualquer tipo de edificação. Prevista para entrar em vigor em novembro último, foi recentemente adiada em função das dificuldades de sua viabilização e implantação, pois faltam informações da indústria de insumos da construção sobre o desempenho dos produtos aplicados nas obras.
ARQ!BACANA: O que isso significa para o arquiteto? De que maneira isso interferirá no seu trabalho?
Henrique Cambiaghi: O que muda será a forma das especificações dos materiais dos projetos. Não poderá mais ser por marcas e tipologias de produtos, mas deverá estar definido o desempenho dos materiais. Especial atenção dever-se-á ter nas questões de acústica, iluminação e estanqueidade. Entendo que será necessária a participação de consultores especializados. Por exemplo, para definir o desempenho acústico, em relação às áreas externas, deverão ser feitas medições de ruídos externos. Com isso, o consultor especializado, com auxílio de equipamentos apropriados, vai poder estabelecer quais ações deverão ser tomadas em relação às esquadrias e vidros. Não cabe ao arquiteto esta tarefa. Em relação ao conforto ambiental, também será necessário ter a assessoria de consultores especializados, para avaliar o desempenho de coberturas e vedos externos, em função do clima de cada cidade e da face de cada vedo externo. Por exemplo, uma cidade como Campos do Jordão tem comportamento diferente de uma Ribeirão Preto. Em resumo, estas ações dependem da contratação destes consultores pela empresa contratante, dona do empreendimento. Mas é importante entender que muitas questões abordadas pela Norma serão resolvidas na concepção do projeto e não só na especificação. A questão de insolação e controle de calor poderá ser resolvida com aberturas adequadas, conforme a face, e com elementos arquitetônicos como brises. O problema será o contratante entender a necessidade de incorporar outros elementos na arquitetura, o que, com certeza, vai "encarecer" a obra.

ARQ!BACANA: A norma implica em mais responsabilidades para os arquitetos? E os honorários, como ficam?
Henrique Cambiaghi: Esta é outra questão importante. Deverá, no meu entender, ser definido claramente a quem caberá a responsabilidade das especificações. Assim como num projeto completo, tem projetos e consultorias de diversas especialidades (estrutura, fundações, instalações hidráulicas e elétricas, ar condicionado, projetos de paisagismo, arquitetura de interiores, consultorias de esquadrias, impermeabilização, etc.). Entendo que a especificação também passará a ser mais uma especialidade. Esta tarefa também poderá ser desenvolvida pelo escritório de arquitetura, desde que este se capacite para tal, mediante uma remuneração específica, assim como os projetos de paisagismo, interiores, coordenação e compatibilização dos projetos têm remuneração específica.

ARQ!BACANA: Com a NBR 15.575 o arquiteto deverá ser mais técnico do que é hoje?
Henrique Cambiaghi: Sem dúvida. O leque de conhecimento do arquiteto deverá ser maior. Mas é mais uma tarefa. Assim como precisa conhecer as legislações urbanísticas de cada cidade que faz um projeto, terá que conhecer melhor as especificações técnicas.

ARQ!BACANA: Acha que a norma acabará refletindo nos cursos de graduação em arquitetura?
Henrique Cambiaghi: Entendo que sim. A abordagem de temas técnicos nos cursos de arquitetura, em geral, não se aprofunda muito, ou não é levada muito a sério pelos alunos.

ARQ!BACANA: O que o arquiteto deve fazer para se preparar para esta mudança? Qual a melhor maneira de assimilar a norma?
Henrique Cambiaghi: Estudar a norma, participar de eventos e seminários e pressionar os fabricantes de produtos a apresentar o desempenho dos seus produtos.
Veja a matéria no ARQ!BACANA.

Para saber mais sobre esta Norma:
http://www.abnt.org.br/imagens/imprensa/Editais_e_afins_Boletim/Bol_062008_Encarte_Boletim_Normalizacao.pdf

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ser pedestre

Sentir-se cidadão

Você é pedestre? Eu sou pedestre.

Caminho quase todos os dias. Mas não é caminhada a passeio ou exercício físico, é um modo vida. Vou ao escritório, ao centro da cidade, ao supermercado, à Prefeitura, algumas vezes fazer um happy hour com minha família e várias outras atividades. É muito prático, saudável e sustentável. Olha que coisa!!
Podemos considerar que moro em um lugar privilegiado, próximo a tudo e de fácil acesso. Mas eu quis assim, eu escolhi isso.
E você pensa que é fácil ser um pedestre?
Imagine-se andando na rua, em dias normais: pessoas, calçadas estreitas, obstáculos, trânsito, semáforos, faixas de pedestres, com carros parados sobre as faixas...
Agora imagine isso em dia de chuva: acrescente guarda-chuva, pessoas irritadas, o trânsito um caos, falta de escoamento da água...


Imaginou?

Outro dia estava voltando para casa, em dia de chuva, e por todo o caminho eu analisava a qualidade do passeio, ou seja, da calçada e outras passagens. E não analisei somente como pedestre, mas como arquiteta com formação em urbanismo e que tem algum contato com projeto e legislação.
A começar pelos carros. É incrível como eles desconsideram as faixas de pedestres!
Os pedestres também não fazem a sua parte e não respeitam as faixas cruzando no meio dos carros.
Andar de guarda-chuva nessas calçadas estreitas? Esbarram nos postes, nos portões...
Imagine uma pessoa idosa andando na rua e em dia de chuva? E sabe que existem várias! Com todos esses obstáculos, degraus, pisos irregulares, desiguais e revestimentos inadequados. Muito propício para um acidente. E isso vale muito aos cadeirantes e pessoas com alguma necessidade especial.
Há também os carrinhos de bebês! Você já andou pelas ruas empurrando um carrinho de bebê? Pois devia passar por essa experiência. Atualmente tenho feito muito disso. Andar nos shoppings é simples, correntefluente e até divertido.
Mas voltando as ruas, hoje até têm guias rebaixadas para essa acessibilidade, mas foram executadas em lugares de fluxo mais intenso e muitas vezes não possuem um trajeto contínuo. Mas já é um começo!
Vocês sabem que temos leis que regulamentam essas calçadas. E que nós, arquitetos, quando vamos projetar alguma coisa, temos que considerar a calçada com o mesmo grau de importância que o acesso de uma garagem, por exemplo.

Para quem não sabe, aqui vai a dica e a informação, conforme legislação:
*A calçada deve ter passeio livre de no mínimo 1,50m de largura, livres de postes, árvores ou outros elementos que possam impedir o livre trânsito de portadores de deficiência de qualquer natureza. 
*Os passeios deverão ser construídos, reconstruídos ou reparados pelos responsáveis do imóvel com materiais resistentes e duradouros e não poderão ter superfícies escorregadias.


Mesmo com essas normas e legislações, muitos cidadãos não as cumprem e temos o que vemos pelas ruas, ou melhor, pelas calçadas. Alguns absurdos e completa falta de respeito e percepção com o outro.
Com a inserção de tantos carros circulando pelas ruas das cidades, muitas vezes não nos importamos com os pedestres. "Afinal, quem são essa pessoas que andam pelas ruas?" 
E atualmente com esse assunto de sustentabilidade tão em voga, por que não valorizar o pedestre?
Claro que cada um tem que fazer a sua parte. E eu, não me desdenho. Faço minha parte sim. Uso muito pouco o carro (aliás as vezes é mais rápido fazer as coisas a pé e menos estressante), moro perto de todos os serviços e comércios e o mais importante: não tenho preguiça e nem pouca vontade em ser PEDESTRE.

*Mais informações: www.campinas.sp.gov.br
                             LEI COMPLEMENTAR Nº 09 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003. 
                           CAPÍTULO IX - DA CIRCULAÇÃO E ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS
                             Publicação DOM de 27/12/2003:03, Campinas - SP

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

2011! Ano novo, tudo novo!

Como é bom poder começar o ano com coisas novas.
Novas ideias, novo computador, novo pique, novas atitudes, enfim, tudo o que se possa fazer para se renovar sempre. Inovar e se surpreender!
Estou aprendendo novos softwares. Novas ferramentas de trabalho para facilitar o dia-a-dia. Já que estamos numa era de tecnologia, o importante é poder usufruir de tudo isso a nosso favor. Aprender cada vez mais e apresentar isso à vida, mostrar tudo isso ao mundo.
Por enquanto é isso!
Abraços e Feliz 2011.