quarta-feira, 14 de maio de 2014

Serie Arquitetura, Capítulo 2: Residência

A importância do habitar.


Projeto de Residência em Campinas, 2002
Durante esse meu exercício como arquiteta e urbanista, percebo que o mais notável para as pessoas é a importância que o arquiteto tem para elas no ato de pensar e projetar suas residências. Aparentemente elas se sentem seguras e confiantes ao conhecimento do arquiteto para planejar seus ambientes e até mesmo a transformar as ideias do habitar.
Logicamente que o jeito de viver e de morar de cada um depende de vários fatores; culturais, regionais, econômicos, sociais, entre outros, e que cabe ao arquiteto urbanista absorver esses elementos e transformá-los em qualidade de vida através de um bom projeto de arquitetura.
Quando falamos em uma residência, parece que falamos de uma maneira individual, do indivíduo e família que reside naquele espaço e que pertence a ele e tão somente a ele. Porém não podemos nos esquecer de um fator importante; esta residência estará sempre inserida num contexto urbano, ou seja, refletindo na coletividade, seja ela implantada no centro de uma cidade, na periferia, em loteamentos fechados, em formatos multifamiliares ou mesmo sozinha numa área distante. Ela sempre transformará o espaço e seu entorno. 
Nesse pequeno período da minha atuação profissional, - pequeno sim! pois o arquiteto se torna mais maduro e brilhante depois de uma intensa atividade prática. E temos vários exemplos! - percebo que já houve grandes mudanças na maneira de morar e no comportamento que as residências nos transmitem. Pois as casas também são vivas e  refletem seus moradores, além, é claro, da efetiva atuação em seu entorno.
Hoje, as pessoas são dinâmicas, práticas e muito ativas e isso leva à constantes modificações. Ao mesmo tempo isso se reflete na atividade do lar e consequentemente em novos rumos de projetos arquitetônicos.
Considerando o que nos relata Gilberto Freyre em "Sobrados e Mucambos" de 1936:

"Três tipos distintos de casa e um só verdadeiro: a casa patriarcal 
brasileira com senzala, oratório, camarinha, cozinha que nem as 
de convento como o de Alcobaça, chiqueiro, cocheira, estrebaria,
 horta, jardim. (pg. 269)

Percebe-se desde então, que essa frequente transformação física e espacial das residências decorrem primordialmente de todo esse processo de revolução do comportamento humano, político e sócio-cultural.
Adaptações, ampliações, novas obras, seja qual for a tarefa, pensar e projetar uma casa não é tão simples como se imagina. Principalmente por preocupar-se com a subjetividade de cada projeto, sua localização, sua regionalidade e como este irá se comunicar com seu espaço ao redor.

Até breve e um cordial abraço!
E apareça para tomar um café e apreciar um bolo caseiro! Pois, mesmo com toda essa dinâmica do dia a dia, certos costumes são difíceis de serem esquecidos...

* * *

Curiosidades:



quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Serie Arquitetura: Capítulo 1 – Arquitetura Corporativa

A identidade da empresa

Na atualidade, uma das principais importâncias para a estruturação de uma empresa é a busca por uma identidade. Encontrar essa identificação é poder se firmar no espaço empresarial e ser capaz de oferecer aos seus funcionários, conforto, praticidade e funcionalidade e, aos seus clientes, confiança, estabilidade e satisfação.
A Arquitetura Corporativa desempenha função em planejar, projetar e concretizar esses ambientes de trabalho para empresas e escritórios, muitas vezes com um grande número de pessoas e diversas áreas profissionais, como forma de especificar e definir os espaços e funções. É uma maneira de mapear as necessidades da empresa e transformar o local de trabalho oferecendo melhores soluções de layout, circulação, mobiliário ergonômico, conforto acústico e luminotécnico, buscando sempre a funcionalidade do ambiente e o bem estar geral.
Esse tipo de projeto é muito utilizado em empresas de grande porte, que trabalham com o que chamamos de “planta aberta”, podendo também ser desenvolvido em escritórios e ambientes multiprofissionais.


Por que utilizar-se da Arquitetura Corporativa?

Toda empresa requer organização e desempenho. Busca planejamento e inovação.

A Arquitetura Corporativa dentro da profissão da Arquitetura e Urbanismo, traz para o empreendimento a coordenação e setorização dos espaços e suas atividades de forma racional, aperfeiçoando os processos internos da empresa.
Com a criação do projeto arquitetônico, unido ao planejamento e à execução da obra, encontra-se um controle econômico sobre os prazos, os custos operacionais e recursos energéticos.
Além disso, é possível através do projeto prever uma futura expansão dos ambientes de trabalho e serviços, conforme a necessidade da empresa, atendendo e incorporando novas tecnologias.


A Arquitetura Corporativa é uma organização indispensável para uma empresa ou escritório. Estabelece uma perspectiva geral de suas necessidades físicas e funcionais, de relacionamento dos funcionários entre si e com o ambiente, conforme padrões de identidade estabelecidos, com as premissas que gerenciam e orientam o projeto e sua evolução.

E o próximo assunto,  Capítulo 2 - Arquitetura Residencial. 
Afinal, todos nós necessitamos de uma casa!
Até breve.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Série Arquitetura: O Projeto e seu Objetivo

Tipos de Projetos Arquitetônicos












Com a intenção de esclarecer àqueles que pretendem construir, reformar ou mesmo adaptar e reestruturar seus espaços, começo a expor aqui uma sequencia de apresentações de projetos, que estou chamando de Série Arquitetura: O Projeto e seu Objetivo, para mostrar quais são os tipos de programas arquitetônicos, suas finalidades e funções.
Para cada prática da arquitetura, seja residencial, comercial, corporativa, institucional e da saúde, requer um projeto específico e elaborado para cada função.
Quando se pensa num ambiente corporativo por exemplo, pensa-se em um comportamento pessoal e um desempenho do espaço diferente de um ambiente residencial ou até mesmo de um espaço comercial. São atuações distintas que levam a partidos arquitetônicos distintos. Por isso, quero apresentar aos interessados quais são esses tipos de projeto, seu propósito e sua importância de investimento, a fim de se alcançar o autêntico objetivo da Arquitetura, que;

 "...seria, então, toda e qualquer intervenção no meio ambiente criando novos espaços, quase sempre com determinada intenção plástica, para atender a necessidades imediatas ou a expectativas programadas, e caracterizada por aquilo que chamamos de partido. Partido seria uma conseqüência formal derivada de uma série de condicionantes ou de determinantes; seria o resultado físico da intervenção sugerida" (BISELLI, 2011).

E o 1ª Capítulo será sobre Arquitetura Corporativa, para poder mostrar como o ambiente de trabalho, esse espaço que passamos a maior parte do tempo de nossa rotina, exerce em nossa atuação e prática.

* * *

BISELLI, Mario. 2011. Teoria e prática do partido arquitetônico. Vitruvius. Arquitextos. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974 . Acesso em: 19/02/2014.


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Uso Consciente

Estamos em pleno verão!!
Altas temperaturas, baixa umidade do ar, sol forte, nada de chuva... E para nós que vivemos nas grandes cidades, certamente nos decorre a falta de água e afins. E com isso as concessionárias nos restringem a certos usos e nos submete ao uso consciente de certas operações.
Na atualidade esse uso consciente se faz necessário diariamente. Afinal, nos grandes centros urbanos, qualquer excesso pode acarretar em carência e escassez. É um educar-se constante.
E, pensando nisso, nesse tal "uso consciente" me veio à mente várias questões a respeito... Principalmente porque, atualmente, tudo se dá pelo excesso.
Excesso de trabalho, excesso de despesas, excesso de créditos, excesso de deveres e obrigações, excesso de consumo, excesso de críticas e opiniões, excesso de cansaço, enfim, excesso de "excessos"!!
E consequentemente escassez de tempo e energia física.
Quando pensamos no uso consciente das coisas é importante se pensar em nosso comportamento. Claro, sempre!
O que fazemos com nosso lixo, quanto tempo demoramos no banho, quanto gastamos de água (mesmo que seja para molhar nossas plantas...), se assistimos muita Tv, se usamos muita internet e o quanto consumimos de energia elétrica. Sempre nos cobrando o uso 'correto', ou melhor, consciente de todas as nossas ações.
E se pensarmos hoje, no uso das redes sociais e nas manifestações pessoais, qual será a referência para seu uso consciente??
As pessoas adoram dar opiniões, fazer críticas, se manifestarem politicamente e socialmente, apresentando seus princípios e conceitos, mesmo que não compreendam totalmente o que estão dizendo. Mas, o importante hoje, é se expor.
E qual o uso consciente dessa exposição?

Percebi que estou tão exausta de tantas informações, de tantas manifestações e exteriorizações. Nessa vida contemporânea tudo se torna essencial, fundamental e importante. Será mesmo?? É tudo muito 'de tudo'!!
Devido a tantos excessos, tem me proporcionado uma escassez de disposição, de interesse ou qualquer ânimo para novas ideias e imaginações. Tudo me parece impertinente!
Estou precisando de um tempo... um tempo de tanta informação, um tempo para ponderar sobre o "meu uso consciente" da minha vida. Poder abstrair um pouco dessa universalidade e me concentrar um pouco mais em meu ideal.
Afinal, viver um pouco num mundo imaginário e utópico, não faz mal a ninguém. Essa realidade excessiva esgota...
Sonhar é entregar-se a criatividade e revigora o pensamento!!
Sempre conscientemente ao uso que se vai realizar...


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

2014... bem remunerado?

Pra começar bem o ano!
Já que este ano promete, quem sabe organizando e valorizando nossos honorários profissionais podemos trabalhar com mais satisfação e reconhecimento. Buscar e encontrar novos horizontes!
O CAU, nosso novo Conselho de Arquitetura e Urbanismo, aprovou e publicou uma tabela de honorários para projetos de arquitetura. Não muito diferente de outras existentes anteriormente e apresentadas por outras instituições, mas agora, consolidada e elucidada pelo Conselho Federal.


Então, ...
“Projeto – criação do espírito, documentada através de representação gráfica ou escrita de 
modo a permitir sua materialização, podendo referir-se a uma obra ou instalação, a ser 
realizada através de princípios técnicos e científicos, visando à consecução de um objetivo ou 
meta e adequando-se aos recursos disponíveis e às alternativas que conduzem à viabilidade 
de sua execução.” (Resolução CAU/BR- 21, de 5 de abril de 2.012)

Portanto, ...”O Projeto é o principal elemento estruturante da profissão de arquiteto."
E por isso merece uma boa remuneração, assim como em outras áreas, outros profissionais são devidamente reconhecidos e justamente gratificados.

Quer saber como?

Um FELIZ 2014, grandes realizações e muitas recompensas para todos!!