Há algum tempo eu conheci o Centro Cultural Louis Braille aqui em Campinas. É uma ONG que desenvolve atividades junto a jovens e adultos cegos ou com baixa visão. Sua missão é promover a inclusão social e o exercício da cidadania das pessoas com deficiência visual, tendo como objetivo o trabalho nas áreas educacionais, habilitação, reabilitação e inserção no mercado de trabalho.
Como profissional da Arquitetura, para mim é um aprendizado e tanto! Conhecer um pouco mais dessas necessidades e as dificuldades de acesso das pessoas com deficiência visual, nos sensibiliza nos ideais de projeto e planejamento dos espaços, tanto para a educação, leitura, cultura, etc, como para a acessibilidade e autonomia de locomoção. É essa a percepção que precisamos ter. Vamos nos colocar no lugar do outro.
Hoje em dia, para todo e qualquer projeto é fundamental essa questão e programa de acessibilidade.
Piso táctil, elementos com saliências à uma altura adequada para evitar tantos acidentes, equipamentos com 'viva-voz' e muitos outros itens são indispensáveis para atender a essa necessidade. Vamos nos atentar, principalmente aos ambientes públicos ou mesmo em lugares com um fluxo diverso de pessoas.O projeto da sede é de autoria do Arquiteto Roberto Leme e conta com um amplo espaço para atender aos usuários e realizar eventos. E, com a nova diretoria, novos projetos e muitas ideias, no início do ano participei do planejamento e reorganização de alguns espaços do Centro Braille.
Além dessa consideração em compartilhar a experiência profissional, fica a gratificação em participar dessa ação, essa crescente demanda que é a inclusão social.