quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Quem é seu inimigo?

Quando passamos a conviver com o Povo e a sentir a massa da população, passamos a perceber de fato quem são os verdadeiros vilões da história.
Não sou eu e muito provável que também não seja você, que está lendo esse texto agora!

Temos medo do Povo... E parte da sociedade acredita que esses são os vilões e que podem nos atacar.

O vilão não é o jovem, menino ou menina, estudante que está na rua gritando por oportunidade de conhecimentos, mas a Instituição que governa a educação e seus escondidos administradores que lhe roubam esses direitos e esperanças.
O vilão não é o trabalhador e a trabalhadora que estão descendo a avenida clamando por dignidade no dia a dia, mas, seus patrões que se deixam vender para a vilã-mor, chamada Burguesia capitalista.
O vilão não é a mulher que segura o cartaz  “Nem Bela, Nem Recatada e Nem do Lar” e que luta diariamente pelo seu espaço digno e pela livre escolha de seu corpo e comportamento perante uma sociedade machista e opressora. O vilão aqui é, sim, a crença moral e seus seguidores que deturpam os desejos femininos e a condenam à eterna submissão.
O vilão não é a mãe, o pai e a criança que estão andando de mãos dadas no meio da rua protestando pela falta da qualidade de vida, saúde e mobilidade urbana, para poderem assim passar mais tempo juntos e desfrutarem dessa caminhada num parque público sem medo de qualquer violência. Não, o vilão é o governante que lhe desvia os investimentos públicos para atender aos lucros exorbitantes da minoria burguesa e a um capitalismo falido que mata as nossas cidades.
Os vilões não são os casais homoafetivos que passam por tantas hostilidades e que marcham pela avenida reivindicando respeito e direitos garantidos, mas sim a mesma sociedade preconceituosa e moralista que os julgam pelo simples fato de querer comandar a verdade sobre o que é supostamente certo ou errado.
Agora, o maior vilão da nossa atual realidade é um grupo de governantes perversos que vendem as nossas conquistas sociais, nossa liberdade e as nossas riquezas naturais para uma burguesia, minoria gananciosa que busca o eterno lucro a qualquer custo. A qualquer custo mesmo!
Então, quando participamos de uma outra realidade, a da maioria e da grande massa é que se dá conta que estamos todos nós, a população, o Povo, na mesma situação. Eu, você, seu vizinho, até mesmo seu chefe ou o diretor da sua empresa...

Nós não somos o Burgueses... Nós somos o Povo!
Foto: acervo particular